domingo, 29 de novembro de 2015

Tiro Livre Indireto com Zeca


A temporada está acabando e todos os campeões nacionais são conhecidos, exceto o da Copa do Brasil, cuja decisão será na próxima quarta, 02 de dezembro, entre Palmeiras e Santos. Um dos principais jogadores desta Final será o lateral santista Zeca, que esteve em Belém, pela Seleção Brasileira Olímpica, para o amistoso contra a equipe Sub-23 dos Estados Unidos e, naquela oportunidade, bateu um papo com o Blog, participando do nosso quadro Tiro Livre Indireto.

Zeca, lateral do Santos Futebol Clube. (Foto: Ivan Storti/Lance! Press). [1]
 
ÍDOLO: por jogar nas duas posições, o Lahm, da Alemanha. Eu vi o Marcelo jogar, na esquerda, também, mas, como eu jogo nas duas, sempre olhei o Lahm jogar.
 
Phillip Lahm, lateral e capitão da Seleção Alemã, na conquista da Copa do Mundo de 2014. (Foto: UOL/Trivela) [2]
 
COPA DO BRASIL: foi muito importante. Estamos na Final contra o Palmeiras. Acho que o time está trabalhando e, chegando lá, vamos trabalhar junto com o time, para poder ser campeão, já que é um sonho ser campeão da Copa do Brasil.
 
SANTOS FUTEBOL CLUBE: o Santos é muito importante pra mim. Foi o que me fez chegar até aqui (na Seleção). Estou muito feliz, lá, espero continuar e poder ganhar títulos.
 
SELEÇÃO BRASILEIRA: estou muito feliz aqui na Seleção Brasileira. Foi a primeira vez que eu vim e estou muito feliz pela oportunidade que o professor me deu de estar aqui no grupo, que é maravilhoso. Espero continuar aqui por muito tempo.
 
Zeca, em Coletiva de Imprensa, pela Seleção Brasileira Sub-23, que se prepara para as Olimpíadas de 2016. (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press) [3].

OURO OLÍMPICO: desde agora, a equipe está trabalhando, desde lá de cima quanto nós, na sub-23. Esperamos que muitos de nós estejamos lá, juntos, para, se Deus quiser, conseguir o título para o Brasil.
 
COPA DO MUNDO DA RÚSSIA 2018: tá longe, né? (risos). Mas é bom começar a pensar, trabalhar o time, tudo certo, para, se Deus quiser, a equipe chegar lá e conquistar o título.
 
Agradecemos ao Assessor de Imprensa da Seleção Brasileira Sub-23, Gregório Fernandes, por viabilizar a entrevista do atleta para o Blog e ao Zeca, pela participação.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Participação no Programa Resenha Esportiva #03


 

Ontem, no final da cobertura do jogo entre as seleções olímpicas de Brasil e Estados Unidos, fizemos uma participação especial no Resenha Esportiva, que é um projeto muito bacana do Ronaldo Santos e do Júnior Cunha, da Estácio FAP. Curta a página deles no Facebook (pgmresenhaesportiva), Twitter e Instagram (@resportiva_pa). Mais uma vez, agradeço pelo convite!

Seleção Olímpica do Brasil goleia a dos Estados Unidos por 5 a 1

Amistoso entre as equipes sub-23 foi o último, neste ano, visando os Jogos de 2016.

Equipes perfiladas para a execução dos hinos nacionais.
Os garotos da Seleção Brasileira Sub-23 não tomaram conhecimento dos norte-americanos, no Mangueirão, no último domingo, 15/11. O placar de 5 a 1 parece refletir uma partida que foi de amplo domínio dos vencedores, do princípio ao fim. Mas não foi assim que aconteceu. Com seis minutos de jogo, após cruzamento na área, o zagueiro Marlon cabeceou contra o próprio gol, abrindo a contagem para os Estados Unidos e, aos dez, o meia Valdívia sentiu uma lesão no joelho e foi substituído por Felipe Anderson.
Valdívia, meia do Sport Club Internacional, sendo auxiliado para caminhar ao vestiário, após sofrer uma lesão no joelho esquerdo.
 
Tentativa de ataque do Brasil, em cobrança de falta, durante o primeiro tempo.
O Brasil investia pelo lado esquerdo, mas não conseguia completar as jogadas. Os EUA alçavam bolas na área, sem objetividade. Quando o lateral-direito Zeca participou mais, os lances fluíram, o que resultou em uma boa jogada de Rodrigo Caio, finalizada pelo atacante Gabriel, que empatou, aos 41 minutos.
Gol de empate do Brasil. Festa do atacante Gabriel, com seus companheiros de equipe.
No segundo tempo, Felipe Anderson, com apenas um minuto, virou o placar e ampliou aos dezesseis, em bela cobrança de falta, sofrida por Gabriel Jesus, que entrou na etapa final, fazendo 3 a 1 para o Brasil.
As triangulações que renderam bons frutos para a Seleção Sub-23, no setor ofensivo, eram feitas por entre Luan, que também participou da segunda parte do jogo, Gabriel Jesus e Gabigol, como é conhecido Gabriel, que, junto com o meia Lucas Lima, são as mais novas revelações do Santos Futebol Clube, com Felipe Anderson organizando o meio de campo.
Aos trinta e cinco, Gabriel fez o quarto gol, após o goleiro Brooks dar rebote no primeiro chute, e Luan fechou a conta, aos trinta e oito, após boa troca de passes do ataque brasileiro.
Seleção Brasileira comemora o quinto gol.
Dessa forma, a Seleção Sub-23 encerra sua preparação, em 2015, para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que ocorrerão em agosto de 2016. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que mais dois amistosos serão realizados em março, para preparar o elenco, tendo como objetivo conquistar a sonhada e inédita medalha de ouro para o Brasil.

domingo, 1 de novembro de 2015

Entrevista Exclusiva: Marcelo Veiga


Remo e Botafogo de Ribeirão Preto/SP decidirão, às 20h00 (Horário de Brasília), uma vaga para a grande Final do Campeonato Brasileiro da Série D 2015. Um personagem muito interessante desta partida é o técnico da equipe paulista, Marcelo Veiga, que, gentilmente, bateu um bom papo com o Blog:
Marcelo Veiga, técnico do Botafogo Futebol Clube/SP. (Foto disponível em: http://botafogosp.com.br/comissao-tecnica/)

RP: Em 1992, você foi campeão da Copa do Brasil, como jogador do Internacional/RS. Quais as mudanças que você observa, no futebol, do período em que atuava para hoje, quando está no comando técnico das equipes?

Marcelo Veiga: Eu acho que a evolução acaba sendo necessária, até pelas condições que nós temos, hoje. Antes, os jogadores eram mais técnicos e, hoje, a gente vê uma compactação diferente, com evolução muito grande na parte física, a disputa é por um espaço cada vez menor. Essa mudança exige uma atualização e a gente tem que estar preparado pra isso. Acredito que o futebol de hoje está muito mais rápido, dinâmico e competitivo.

RP: Muitos clubes do interior paulista são bem estruturados, mas não conseguem encher seus estádios, sendo o contrário do que ocorre em Belém. O que você acha que falta para os clubes paraenses alcançarem a estabilidade, no cenário nacional, conseguida por times sem tanta expressão?

Marcelo Veiga: O que eu vejo, em relação ao futebol do interior, é que é muito rico, em termos de qualidade e estrutura, mas o problema do público é justamente por conta de calendário. Jogo quarta e domingo, quarta e domingo, fica muito difícil do torcedor acompanhar o ritmo dessas equipes e a gente sabe do nível que tem o Campeonato Paulista, que é muito forte, e aqui, em Belém, a gente vê diferente. A gente vê as duas maiores equipes do Estado do Pará, que são equipes grandes, com o torcedor apaixonado e que acabam, realmente, lotando, o que faz a diferença para essas equipes. No interior de São Paulo, tem a mesma paixão, não tenha dúvida. Mas a dificuldade do torcedor é muito maior em relação ao torcedor do Pará.

RP: Em 2007, você conquistou o título da Série C com o Bragantino e lá ficou até 2012. Como você vê essa longevidade no comando de uma equipe e se acha possível, atualmente, alguém alcançar tanto tempo no comando de um time, com sucesso?

Marcelo Veiga: Eu acho que é super importante para qualquer profissional. A longevidade te dá uma condição de planejar, executar e colher os frutos. Eu tive a felicidade de ficar por cinco anos ininterruptos e, depois, mais dois, entre idas e vindas, e conquistando. O mais importante é que você faz o planejamento e acaba conquistando seu espaço, você ter as conquistas dentro do clube é o que te dá a permanência para você desenvolver seu trabalho. Acho que, para qualquer profissional, é super importante. Para as diretorias, também, porque você tem um planejamento que, sendo executado, acaba atingindo o objetivo final. Tô tendo o prazer de voltar, pela segunda vez, ao Botafogo e cumprir com a obrigação que, na primeira vez, era colocar o time na Série D e tive essa felicidade. Infelizmente, não consegui continuar, por conta de outros clubes terem oferecido uma condição melhor e, hoje, retornei para fazer com que o Botafogo voltasse ao Campeonato Brasileiro da Série C e, graças a Deus, cumpri esse compromisso, com uma disposição muito grande e com o engrandecimento de todos, Comissão Técnica, jogadores... o grupo que a gente montou foi, realmente, muito importante nessa conquista.
De 2007 a 2012, Marcelo Veiga comandou o Clube Atlético Bragantino/SP (Foto disponível em:http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bragantino/noticia/2012/02/marcelo-veiga-comemora-boa-fase-do-bragantino-e-concentracao.html)

RP: Você passou pelo Remo, em 2012, quando comandou o time na Série D daquele ano. O que levou daquela experiência para conseguir o acesso, em 2015, com o Botafogo?
Marcelo Veiga: Foi muito legal estar aqui. Participei de dois mata-matas, se não me engano*. No segundo mata-mata, a gente acabou perdendo por ter tomado um gol dentro de casa. A gente tava fazendo o resultado de 2 a 0, estava classificado e, de repente, a gente acabou tomando um gol no finalzinho e acabou saindo fora (sic). Acho que essa experiência me deu a condição de saber planejar bem o que eu ia fazer aqui no Botafogo, principalmente nessa fase dos mata-matas, que a gente sabe que são jogos decisivos e a gente tem que estar atento para não oferecer pro adversário a condição de sair fora (sic).

*NOTA: Marcelo Veiga comandou o Clube do Remo por três jogos, na Série D de 2012, sendo os dois últimos pela Segunda Fase da competição, que se deu em apenas um mata-mata, quando foi eliminado pelo Mixto/MT, após perder a primeira partida, no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá/MT, por 2 a 0 e vencer a segunda, no Mangueirão, por 2 a 1.
Veiga, em treino do Remo, durante o Campeonato Brasileiro da Série D de 2012 (Foto: Marcelo Seabra/O Liberal. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/pa/noticia/2012/08/com-vitoria-do-vilhena-remo-precisa-de-um-empate-para-classificar.html)

RP: Sócrates e Raí são as revelações mais conhecidas e talentosas das categorias de base do Botafogo. No elenco atual, quais os jogadores que são oriundos do juvenil do clube que você destacaria?

Marcelo Veiga: Nós temos vários jogadores da base. A gente tem treze jogadores da base à disposição, no elenco do Botafogo. Hoje, a minha linha de defesa tem, praticamente, vinte anos, que é o Caio Juan, o próprio Mancini, que é filho do Vagner Mancini, o Carlos, também, que tem a mesma idade, o Daniel, que foi revelado aqui, na base, o próprio Mirita, o Augusto... são todos jogadores revelados pelo Botafogo e, hoje, a gente tem uma garotada que está despontando. Acho que o Botafogo faz um trabalho muito bonito. Desde 2013, quando estive aqui, já vinha desenvolvendo esse trabalho e, hoje, estamos colhendo os frutos desse trabalho de base que o Botafogo tem.
Registramos nosso agradecimento à Assessoria de Imprensa do Botafogo Futebol Clube, na pessoa de Rogério Moroti, que nos possibilitou a entrevista.