terça-feira, 19 de abril de 2016

ABRILhantando a história

Torcedores dos clubes de Belém relembram grandes momentos ocorridos neste período do ano, em temporadas passadas.
 
No mês de abril, em outros anos, Tuna, Remo e Paysandu obtiveram relevantes conquistas em suas histórias centenárias. Os três maiores clubes de Belém realizaram feitos que ficaram registrados na memória dos torcedores paraenses que poucas equipes, no Brasil, conseguiram alcançar.

O mais antigo clube do Estado do Pará, fundado em 1903, foi o primeiro a erguer um troféu do Campeonato Brasileiro. Em 04 de abril de 1985, a Tuna Luso Brasileira venceu o Goytacaz Futebol Clube, do Rio de Janeiro, pelo placar de 3 a 2, no Mangueirão, sagrando-se campeã da Taça de Prata, que corresponde, atualmente, a Série B, em uma campanha de dez jogos, com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota, dezoito gols pró e sete contra, em uma competição com vinte e quatro equipes.
 
Foto posada do elenco da Tuna Luso Brasileira, campeã da Taça de Prata de 1985. (Disponível em: http://atat-pa.blogspot.com.br/2015/04/tuna-comemora-30-anos-da-conquista-da.html).
 
A Águia do Souza conquistou o título após a disputa de um triangular final, que contava, além do Goytacaz, com o Figueirense Futebol Clube, de Santa Catarina. Naquele ano, a Elite do Norte ascendeu à Primeira Divisão de 1986.
 

Momentos relevantes da conquista cruzmaltina.

O time que disputou o último jogo entrou em campo com Ocimar; Quaresma, Paulo Guilherme, Ronaldo e Mário Vigia; Ondino, Queiroz e Edgar; Tiago (Puma), Paulo César e Luiz Carlos, comandados pelo técnico José Dutra dos Santos. Com cinco gols, o atacante Paulo César foi o artilheiro da equipe no torneio.[1]
 
Em 2004, no mesmo dia 04 de abril, o Clube do Remo selava o bicampeonato paraense, com um sabor especial. Os azulinos obtiveram 100% de aproveitamento, ganhando duas vezes cada uma das outras sete equipes participantes, ao longo dos dois turnos. A vitória por 2 a 0 sobre o Paysandu, seu maior rival, com gols de Gian e Rodrigo, na última partida do certame, coroou a bela campanha dos comandados por Agnaldo de Jesus.

Poster comemorativo do bicampeonato paraense conquistado pelo Clube do Remo, com 100% de aproveitamento. (Disponível em: http://www.noronha.pro.br/remo/Parazao2003.htm).
 
O Leão Azul, naquele dia, formou com Gilberto; Valdemir, Irituia, Sérgio e Rômulo; Fernando César (Jaílson), Márcio Belém, Gilmar (Rodrigo) e Gian; Júnior Amorim e Júnior Ferrim (Wilson)[2]. Nos catorze jogos, teve trinta e sete gols a favor e levou apenas nove, além dos dois artilheiros do Parazão daquele ano, o meia Gian e o atacante Junior Ferrim, ambos com dez gols.[3]

Matéria exibida no Globo Esporte, no dia seguinte ao jogo entre Remo e Paysandu, vencido pelos azulinos por 2 a 0.

Vale ressaltar que o Remo repetiu a proeza do Sport Club Internacional, de Paulo Roberto Falcão e Paulo César Carpegiani que, trinta anos antes, em 1974, venceu as dezoito partidas do Campeonato Gaúcho, marcando quarenta e dois gols e sofrendo apenas dois.[4].

Quinta-feira, 24 de abril de 2003. No Estádio La Bombonera, em Buenos Aires/ARG, o Paysandu alcançou um feito que, até hoje, sua torcida exalta. A vitória sobre o Boca Juniors, pelas Oitavas de Final da Copa Libertadores da América, por 1 a 0, com gol de Iarley e dois jogadores a menos, é um capítulo relevante nos cento e dois anos de história do clube.
 
Elenco bicolor que enfrentou e venceu o Boca Juniors/ARG, em pleno Estádio La Bombonera. (Disponível em: https://imortaisdofutebol.com/2013/05/07/jogos-eternos-boca-juniors-0x1-paysandu-2003/).

Mesmo com a derrota por 4 a 2, no segundo jogo, em Belém, aquela noite, em Buenos Aires, jamais será esquecida pelos bicolores, bem como a grande campanha na competição internacional, sendo a única agremiação do Norte do Brasil a ter participado da Libertadores. O Papão, em oito jogos disputados, venceu cinco vezes, empatou duas e perdeu uma, tendo marcado dezessete gols e sofrido sete.

Gol do Paysandu, marcado pelo meia Iarley, que, depois do Paysandu, passou pelo próprio Boca Juniors, Corinthians e Internacional.
 
O Clube de Suíço era comandado pelo uruguaio Darío Pereyra e venceu com Ronaldo; Rodrigo (Gino), Jorginho, Tinho e Luís Fernando; Vânderson, Lecheva (Bruno), Sandro e Vélber (Rogério); Iarley e Róbson.

Antes da equipe paraense, apenas os brasileiros Santos Futebol Clube, de Pelé e Coutinho, na Final de 1963 e o Cruzeiro Esporte Clube, com o goleiro Dida e o atacante Ronaldo, no ano de 1994, conseguiram vencer a equipe xeneize em partidas da Libertadores. Após o feito histórico do Papão, só o Fluminense Football Club, de Fred e Deco, em 2012, ganhou do Boca Juniors, em Buenos Aires. Excetuando o jogo do Paysandu, todos os clubes do Brasil triunfaram por 2 a 1.[5]

Tais conquistas, até hoje, são lembradas com muito carinho pelos torcedores paraenses e nunca sairão da memória destes, devido ao fato de elevarem o prestígio dos clubes locais no cenário nacional, aumentando ainda mais a galeria de grandes feitos de Tuna, Remo e Paysandu.
 
REFERÊNCIAS
[1] DA COSTA, Ferreira. A Enciclopédia do Futebol Paraense. Belém: Editora Cabano, 2002.
 
[2] DA COSTA, Ferreira. Remo x Paysandu: o clássico mais disputado do futebol mundial. Belém, 2009.

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