quarta-feira, 1 de junho de 2016

Leão quer voltar para a Toca

Obras do Estádio Baenão devem ser concluídas no segundo semestre. Clube do Remo quer mandar partidas no local, ainda em 2016.
 
No dia 01 de maio de 2014, o Remo venceu o Independente por 4 a 0, em partida válida pela Semifinal do Segundo Turno do Campeonato Paraense de Futebol. Este foi o último jogo realizado pelos azulinos no Estádio Evandro Almeida (Baenão). Agora, o Clube, por intermédio do Projeto #SouBaenão, busca reabrir a sua casa em 2016, para mandar seus confrontos pelo Campeonato Brasileiro da Série C mais perto do torcedor e comemorar os 99 anos de existência da praça esportiva.
 

Gols de Remo 4 x 0 Independente. [1]

O primeiro projeto de modernização do estádio não foi concluído, o que faz com que o Clube do Remo venha atuando, nos jogos em que é mandante, no Mangueirão, de propriedade do Estado do Pará. Para que os azulinos voltem pra casa, a Diretoria criou o Projeto #SouBaenão, que envolve a venda de seis mil porcelanatos personalizados com o nome do comprador, que estão à venda nas lojas oficiais do Leão Azul, a serem colocados na fachada da Travessa Antônio Baena.
 
Operários colocam os porcelanatos personalizados na fachada do Baenão. (Foto: Reprodução / SouRemo) [2]
 
Além da revitalização da frente do estádio, as obras do Baenão envolvem a pintura e reforço estrutural das arquibancadas, novo gramado de jogo, academia para os atletas, instalação de sistema de combate a incêndio, reforma dos vestiários do Remo, do visitante e da arbitragem, colocação de refletores, criação de um espaço de lazer e entretenimento na entrada pela Avenida Almirante Barroso, conhecida como “Carrossel” e reforma da Sala de Imprensa.
 
Projeto de área de entretenimento para o “Carrossel”. (Foto: Reprodução / Sou Baenão) [3]
Vários aspectos são importantes para o Remo voltar a atuar no Baenão. Diogo Puget, repórter do canal Esporte Interativo, falou sobre a economia que seria feita pelo Clube, caso estivesse atuando em seu estádio, com a estrutura que envolve uma partida oficial:
 
"O primeiro ponto e o mais importante de todos é o financeiro. A gente sabe que, jogando no Mangueirão, a evasão de renda é muito grande, o clube gasta muito mais com efetivo, seja de policial, de bombeiro, com o quadro de apoio que sempre tem que estar presente para a fiscalização de entrada de bilheterias... acho que esse é o ponto principal. Isso sem falar nos custos que o Remo tem que arcar, tem que pagar por jogar lá, apesar do Governo ainda fazer alguns descontos. Mas a gente sabe que, hoje, se o remo jogasse no seu estádio, na sua casa, esses custos seriam bem menores (...)"
Trabalhadores constroem muro ao lado do gramado do Baenão. (Foto: Portal Arquibancada) [4]
 
Dirson Medeiros, Diretor de Futebol do Clube do Remo, destaca a importância, para a torcida, de jogar no Evandro Almeida:

"Uma das nossas maiores conquistas, quando a gente voltar a jogar aqui, no Baenão, não sei se a partir de agosto, mas nesse ano, ainda, vai ser resgatar a importância de jogar aqui no estádio. A história que a gente tem e as conquistas que a gente só conseguiu ganhar, no futebol, jogando aqui no Baenão. Isso, para mim, é o mais importante. Resgatar a sintonia da torcida, quando a gente joga aqui dentro (...) Para mim, a maior importância é a de voltar o torcedor para dentro de sua casa. Quando a gente sai de casa, já quer voltar. Então, para mim, além da parte financeira, é a do torcedor voltar e ver o jogo aqui, no Baenão, o que resgata a autoestima do torcedor (...)"

Arquibancada fechada para reparos.

O atacante Edno, com passagens pela Portuguesa de Desportos, Coritnhians, Botafogo, dentre outros clubes do cenário nacional e atualmente no Clube do Remo, falou sobre a pressão que a torcida faz em um estádio menor, o que incentiva ainda mais o elenco azulino:
"O Mangueirão é um bonito estádio, pude conhecer ontem. É um estádio que cabem muito mais torcedores do que o Baenão. Mas, aqui, é um caldeirão. A gente vendo isso aqui ficando pronto e deixando da maneira que é o projeto que eles pensam, realmente, vai ficar um estádio bonito e ele lotado, com certeza, com o apoio da torcida e o mando de campo aqui, a pressão é muito maior. No Mangueirão, a torcida fica afastada. Então, a hora que abrir, vai nos ajudar muito (...) Eu já fico imaginando isso aqui lotado e a equipe partindo pra cima das equipes adversárias."

Enquanto o Baenão segue em obras, diretores, jogadores e torcedores do Remo continuam na expectativa do retorno ao estádio. Os fãs do Clube pretendem ver o Leão Azul de volta ao Evandro Almeida, ainda este ano, após dois anos longe da sua casa.

O Blog agradece aos entrevistados Diogo Puget, Dirson Medeiros e Edno, pela disponibilidade, bem como ao Assessor de Imprensa do Clube do Remo, Raphael Graim, por permitir o desenvolvimento do trabalho nas dependências do Baenão.
REFERÊNCIAS:

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