segunda-feira, 27 de junho de 2016

Por que o Paysandu não vem sofrendo gols?

Gilmar Dal Pozzo e Emerson explicam o que o Paysandu fez para não ter a defesa vazada, nas últmas cinco partidas.

O Paysandu não toma gols desde o dia 07 de junho de 2016, quando perdeu para o Náutico/PE, por 3 a 1, no Estádio da Curuzu, em Belém/PA. A derrota acabou fazendo com que o então treinador Dado Cavalcanti pedisse seu desligamento do clube. Gilmar Dal Pozzo assumiu o comando e, nos últimos cinco jogos, os bicolores somaram três vitórias e dois empates.
 
Sob o comando de Gilmar Dal Pozzo, o Paysandu ainda não sofreu gols. (Foto: Fernando Torres/ASCOM Paysandu) [1]
 
Curiosamente, na Entrevista Coletiva realizada na manhã desta segunda-feira, 27 de junho de 2016, Dal Pozzo disse que não realizou um trabalho específico ou uma conversa sobre a situação da equipe que, até então, havia tomado dezesseis gols em sete jogos e suportava uma média de mais de dois gols por rodada:

"Sinceramente, não fiz nenhum trabalho especial ou conversei com os atletas. A única orientação que passei para eles foi para ter simplicidade, ali atrás. “Zagueiro-zagueiro”. Quando tiver a oportunidade clara de jogar com qualidade, para essa bola passar para os volantes com um bom passe, para chegar para os atacantes com qualidade...essa foi uma orientação que eu passei. Mas, no momento em que a gente está pressionado, com relação ao adversário, é para ser “zagueiro-zagueiro”. É um setor que eu conheço muito, até porque atuei de goleiro. Tem que ser simples, até eles atingirem um estágio que dê uma confiança, eventualmente de sair jogando, saindo de uma pressão (...)"
Ainda acrescentou o treinador:
 
"Eu fui na origem. Na origem, o que é? É fazer uma marcação-pressão, lá dentro do adversário e facilitou para os zagueiros. Pode ver que o zagueiro pega uma bola longa, dificilmente dá enfrentamento para o adversário no “um contra um”, não fica exposta a defesa (...) A origem do nosso problema, quando cheguei e identifiquei, era mais adiante, de compactar essa equipe e não deixar o adversário jogar com qualidade e chegar numa condição boa. Essa foi a orientação que a gente passou para eles e eles entenderam."
 
O goleiro Emerson também falou do trabalho realizado para evitar ser vencido pelos ataques adversários, ressaltando a importância de obedecer o esquema tático que marca a saída de bola do oponente, evitando que a bola chegue dominada por ele no setor defensivo alviazul:

"O Gilmar é um cara que foi goleiro e sabe muito bem como funciona ali atrás (...) então, ele sabe muito bem os pontos cruciais que precisavam ser ajeitados para que não venha a sofrer tanto, principalmente nos contra-ataques. Você vê que, hoje, a nossa equipe, queira ou não, dá poucos contra-ataques. Há uma participação muito grande do nosso ataque, também, de não somente estar ali para fazer gols, mas ajudando no comportamento tático e isso tem nos ajudado muito (...) Como se diz no futebol: 'mata a jogada' logo lá na frente, sem precisar do zagueiro ou do volante e tomar cartão."

Emerson não vai buscar a bola no fundo da rede desde os vinte e três minutos do segundo tempo do jogo contra o Náutico/PE, válido pela Sétima Rodada da Série B. (Foto: Fernando Torres/ASCOM Paysandu). [2]
 
Visando ficar mais uma partida sem tomar gols, o Paysandu, de Emerson e Dal Pozzo, entra em campo nesta terça-feira, 28 de junho, às 21h30, em Goiânia/GO, no Estádio Serra Dourada, contra o Goiás, em jogo válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2016.

O Blog agradece ao Assessor de Imprensa do Paysandu Sport Club, Jorge Luiz, pelo acesso a entrevista coletiva, bem como ao técnico Gilmar Dal Pozzo e ao goleiro Emerson, pelos depoimentos ao Rodada Paralela.


REFERÊNCIAS

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