João Carlos Santos do Amaral, nome do ex-jogador e atual técnico do Clube do Remo, Cacaio, conversou com o Blog sobre
sua carreira gloriosa, a existência de eventuais semelhanças do elenco que comanda com os que foi
campeão brasileiro, além de quem gostaria de colocar no time azulino, se pudesse
escolher um ex-companheiro e quais características que tinha, quando era jogador,
que entende que faltam nos atacantes remistas:
RP: Você
foi um atacante vitorioso, sendo Campeão Brasileiro duas vezes, por Paysandu
(1991) e Vila Nova (Série C 1996). O que passar dessas experiências para o
plantel?
Cacaio: Foco e determinação. O jogador tem que saber
que nem sempre a melhor equipe vence, como aconteceu nas outras vezes. Acho que
o importante dessa fase de mata-mata é o jogador entrar focado, ligado e
sabendo que precisa ganhar os jogos e com responsabilidade. É essa a
experiência que a gente passa pra eles.
RP: O
atual elenco do Remo guarda alguma semelhança com esses dois, que se sagraram
campeões?
Cacaio: É difícil. O futebol mudou muito. A
gente vem numa ascensão, como aconteceu em 91, quando eu estava no Paysandu. A
gente conseguiu, principalmente nos jogos de mata-mata, fora, bons resultados e
sempre decidir em casa. É isso que a gente tá tentando botar pros jogadores. Que,
nos jogos fora, tem que buscar o melhor resultado possível para, quando chegar
no Mangueirão, consolidar nossa classificação.
RP: Se
pudesse escolher um jogador que atuou com você, durante sua passagem como
jogador do Remo, na década de 90, para colocar no time atual, quem seria?
Cacaio: Biro-Biro. Era um líder, tinha essa
liderança, o que ajudava muito. Acho que o Clube do Remo, hoje, tem jogadores
com esse perfil. Mas, se fosse para escolher um jogador pra voltar, seria ele.
Cacaio, quando atuava pelo Clube do Remo (Fonte: http://cacaiofutebol.blogspot.com.br/2012/11/cacaio-defendeu-mais-de-20-clubes.html)
RP: Como
jogador, você viveu alguma situação parecida com esta, em termos de pressão
pelo acesso?
Cacaio: Sim, com certeza. No Vila Nova/GO, que
fez um grupo pra ser campeão e nós conseguimos chegar. A pressão era muito
grande, principalmente nos jogos em casa, com a necessidade de ganhar. Acho que
isso é normal. Quando você trabalha numa equipe grande, de massa, essa cobrança
é normal. É aquilo que te falei, ter essa responsabilidade e saber que a gente
não joga só pra gente. A gente joga para milhares de pessoas.
RP: Você
foi artilheiro da Série B, em 1991, com 14 gols. O que falta do atleta Cacaio nos
atuais atacantes do Remo, para que seja solucionado o problema do excesso de
finalizações perdidas?
Cacaio: O futebol mudou muito. Acho que cada um
tem a sua característica, mas eu tinha um porém. Após o trabalho, ficava um
pouquinho, fazia um extra, alguma coisa e trabalhava o ponto fraco. O
importante, na pessoa, é trabalhar o ponto fraco. O ponto forte, não precisa
trabalhar, porque você já sabe fazer. E isso acontecia nos jogos. Em todos,
graças a Deus, conseguia fazer os gols. E a gente, também, confia muito nesse
ataque nosso. Espero que, daqui para frente, nesses mata-matas, os jogadores
possam incorporar isso e os gols saiam.
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