quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Entrevista Exclusiva: Cacaio


João Carlos Santos do Amaral, nome do ex-jogador e atual técnico do Clube do Remo, Cacaio, conversou com o Blog sobre sua carreira gloriosa, a existência de eventuais semelhanças do elenco que comanda com os que foi campeão brasileiro, além de quem gostaria de colocar no time azulino, se pudesse escolher um ex-companheiro e quais características que tinha, quando era jogador, que entende que faltam nos atacantes remistas:
 


RP: Você foi um atacante vitorioso, sendo Campeão Brasileiro duas vezes, por Paysandu (1991) e Vila Nova (Série C 1996). O que passar dessas experiências para o plantel?

Cacaio: Foco e determinação. O jogador tem que saber que nem sempre a melhor equipe vence, como aconteceu nas outras vezes. Acho que o importante dessa fase de mata-mata é o jogador entrar focado, ligado e sabendo que precisa ganhar os jogos e com responsabilidade. É essa a experiência que a gente passa pra eles.

RP: O atual elenco do Remo guarda alguma semelhança com esses dois, que se sagraram campeões?

Cacaio: É difícil. O futebol mudou muito. A gente vem numa ascensão, como aconteceu em 91, quando eu estava no Paysandu. A gente conseguiu, principalmente nos jogos de mata-mata, fora, bons resultados e sempre decidir em casa. É isso que a gente tá tentando botar pros jogadores. Que, nos jogos fora, tem que buscar o melhor resultado possível para, quando chegar no Mangueirão, consolidar nossa classificação.

RP: Se pudesse escolher um jogador que atuou com você, durante sua passagem como jogador do Remo, na década de 90, para colocar no time atual, quem seria?

Cacaio: Biro-Biro. Era um líder, tinha essa liderança, o que ajudava muito. Acho que o Clube do Remo, hoje, tem jogadores com esse perfil. Mas, se fosse para escolher um jogador pra voltar, seria ele.
Foto posada do Remo, Campeão Paraense de 1993. Agachados, sendo os primeiros à esquerda, Cacaio e Biro-Biro, respectivamente. (Foto: Acervo Pessoal de Cacaio. Fonte: http://www.diarioonline.com.br/esporte/para/noticia-309072-.html).

RP: Como jogador, você viveu alguma situação parecida com esta, em termos de pressão pelo acesso?

Cacaio: Sim, com certeza. No Vila Nova/GO, que fez um grupo pra ser campeão e nós conseguimos chegar. A pressão era muito grande, principalmente nos jogos em casa, com a necessidade de ganhar. Acho que isso é normal. Quando você trabalha numa equipe grande, de massa, essa cobrança é normal. É aquilo que te falei, ter essa responsabilidade e saber que a gente não joga só pra gente. A gente joga para milhares de pessoas.

RP: Você foi artilheiro da Série B, em 1991, com 14 gols. O que falta do atleta Cacaio nos atuais atacantes do Remo, para que seja solucionado o problema do excesso de finalizações perdidas?

Cacaio: O futebol mudou muito. Acho que cada um tem a sua característica, mas eu tinha um porém. Após o trabalho, ficava um pouquinho, fazia um extra, alguma coisa e trabalhava o ponto fraco. O importante, na pessoa, é trabalhar o ponto fraco. O ponto forte, não precisa trabalhar, porque você já sabe fazer. E isso acontecia nos jogos. Em todos, graças a Deus, conseguia fazer os gols. E a gente, também, confia muito nesse ataque nosso. Espero que, daqui para frente, nesses mata-matas, os jogadores possam incorporar isso e os gols saiam.

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